Instituído pela Lei número 10.456/02, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, 26 de maio, é uma data propícia às reflexões sobre esta doença, principalmente, em como ela afeta a qualidade de vida dos pacientes que são acometidos por este mal.
O glaucoma não apresenta prevalência maior ou menor no tocante ao sexo. Com relação à idade, a frequência aumenta progressivamente após a quarta década de vida. Num programa de glaucoma para uma população de um milhão, pelo menos 25% das pessoas acima dos 40 anos terão risco para a doença. Desses, no mínimo 4% tem glaucoma.
O olho contém um líquido que circula continuamente no seu interior. Esse líquido é produzido constantemente e escoado por uma região denominada malha trabecular. No caso do glaucoma, há uma diminuição no escoamento deste líquido, o que faz com que ele se acumule dentro do olho e provoque um aumento da pressão intraocular. A pressão normal do olho pode variar entre 13 e 18 milímetros de mercúrio (mmHg), sendo que, em crianças, esse número vai de 8 a 10 mmHg. Quando a pressão está acima da média é recomendável que o paciente procure um oftalmologista para fazer exames mais específicos porque esse é um dos fatores que podem levar ao desenvolvimento do glaucoma, embora não signifique, necessariamente, a presença da doença.
A pressão elevada no interior do olho, no decorrer de alguns anos, lesa as fibras nervosas do nervo óptico. Com isso, o portador da doença começa a perder a visão periférica. Ou seja, quando o indivíduo olha para frente, enxerga nitidamente os objetos que estão distantes, porém não vê o que está nas laterais. Seria como se o olho estivesse observando através de um tubo. Nos estágios mais avançados, a visão central também é atingida.
O glaucoma é uma doença crônica que não tem cura, mas na maioria dos casos, pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de se evitar a perda da visão. O tratamento clínico inicial é feito com colírios que baixam a pressão intraocular. A eficácia do tratamento com colírio depende da disciplina do paciente. A laserterapia é indicada quando o tratamento clínico não está sendo capaz de conter os níveis elevados de pressão. O tratamento cirúrgico é deixado para última instância. A indicação mais precoce da cirurgia é recomendada nos casos em que o paciente por problemas sociais, culturais ou econômicos, apresenta pouca fidelidade ao tratamento clínico.
Fonte: JornalORebate
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